Quando o gestor da empresa contratante precisa delegar algo para o terceirizado alocado. Como evitar conflitos?
O gestor da empresa tem como principal objetivo prezar pela sua atividade fim, e realizá-la da melhor forma possível.
Muitas das vezes, para que aconteça esse foco, é necessário que se despreocupe com algumas atividade que também são necessárias para o bom funcionamento da empresa mas que não necessitam de uma atenção tão grande quanto outras.
Quando o gestor se encontra nessa dificuldade, o melhor a se fazer é terceirizar.
No entanto, é fundamental observar e implementar políticas específicas ao terceirizar para garantir a eficácia contínua da empresa. Dessa forma, terceirizar vai além de simplesmente estabelecer um contrato entre a empresa e o prestador de serviços; envolve uma gama mais ampla de considerações do que apenas a contraprestação financeira.
É muito importante que a empresa contratante permaneça alerta com o serviço contratado, porém, também é importante que obedeça aos limites existentes entre um serviço terceirizado.
E o que são esses limites?
Os limites dizem respeito às regras que devem ser impostas entre o contratante e o prestador de serviço.
Primeiramente, o que costuma acontecer muito é a confusão de funcionários, ou seja, os funcionários da empresa terceirizada por não serem bem informados não sabem a quem realmente devem prestar o dever de hierarquia, ou seja, a quem obedecer, e esse fato pode gerar a você gestor consequências gravosas.
Vamos entender um pouco a respeito disso. Se o funcionário da empresa terceirizada tiver que obedecer ao empresário da empresa contratante, será criado então, uma obediência hierárquica, que consequentemente gera uma relação de emprego, e então a terceirização é descaracterizada.
Isso porque, se o gestor quiser uma relação hierárquica com aquele empregado, deverá contratá-lo sob regime da CLT.
Sendo assim, a empresa terceirizada deverá exigir de seus funcionários, de modo que estes devem obedecer à prestadora de serviços, e o empresário (gestor da empresa contratante) contratante, e fazer valer o disposto no contrato de terceirização. Portanto, em hipótese alguma este funcionário terceirizado deverá ter contato direto com o responsável da empresa prestadora de serviços.
Outro aspecto que o gestor deve se atentar, é quanto a qualidade do tratamento, não só quando se trata de terceirização mas quando se trata da relação entre empregado/ empregador ou contratante/prestador de serviço.
Todos que um dia foram ou ainda são funcionários sabem da importância de serem bem tratados e de terem o trabalho valorizado. Isso, além de nos encher de felicidade emocionalmente, nos dá ânimo para o trabalho e consequentemente o serviço elaborado fluirá de forma mais leve.
Por isso recomenda-se, investir em estratégias de Recursos Humanos, Relações Públicas, entre outros setores, para que os funcionários recebam a atenção adequada, isso pode lhe trazer um retorno muito grande em relação a qualidade do serviço prestado.
Agora, outro fator importante a se entender é a diferença entre delegar serviço e transferir tarefas.
O grande problema dos empresários é tirar de si a responsabilidade sobre tal setor e delegar para outra pessoa ou empresa que possua mais experiência da área.
A terceirização geralmente é adotada como uma maneira de “desafogar” o gestor de atividades necessárias mas que não condizem com sua experiência, portanto, é importante para o bom funcionamento da empresa que delegue o que for necessário.
Isso não quer dizer que estará transferindo a atividade de sua responsabilidade, mas sim que estará “solicitando” a um terceiro que faça por você.
O fato é que a maioria dos empresários, tem a dificuldade de que tudo saia do seu controle, pelo simples fato de delegar um serviço e sua empresa a terceiro.
Porém, deve-se entender que, ao delegar uma tarefa, não tira de si a responsabilidade sob aquela determinada atividade, só transmite para terceiro sua execução, já que, mesmo assim, deverá o empresário vistoriar tal execução.
Desse modo, aprender a delegar é uma das estratégias que os empresários devem adotar para o bom andamento e o crescimento de sua empresa em seu ramo. É uma forma de extrapolar as fronteiras e sair do famoso “comodismo”, pois só através de desafios que a empresa crescerá.
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